(Reuters) - A Apple lançou um patch na quinta-feira para corrigir uma falha de segurança perigosa em iPhones e iPads depois que os pesquisadores descobriram que o telefone de um proeminente dissidente do Emirados Árabes Unidos tinha sido alvejado com um método previamente desconhecido de hackers.

O ataque contra o dissidente, Ahmed Mansoor, usou uma mensagem de texto que o convidou para clicar em um link da web. Em vez de clicar, ele transmitiu a mensagem para os pesquisadores da Universidade da Citizen Lab de Toronto.

Especialistas determinou que a ligação teria instalado um programa aproveitando uma falha que a Apple e outros não estavam cientes. Os pesquisadores divulgaram seus resultados na quinta-feira.

Os pesquisadores disseram que haviam alertado Apple, que desenvolveu uma correção e distribuiu-o como uma atualização automática para iPhone 6. 

O porta-voz da Apple, Fred Sainz,  confirmou que a empresa tinha emitido o patch depois de ter sido contactado por pesquisadores sobre o assunto.

A equipe Citizen Lab atribuiu o ataque a software de um vendedor privado de sistemas de monitoramento, NSO Group, uma empresa israelense que faz software para os governos que podem secretamente ter alvo telefone móvel de um usuário e recolher informações a partir dele. Tais ferramentas, conhecidas como exploits remotos, custar tanto quanto $ 1 milhão.

Um ataque  não tinha sido detectada antes, apesar de terem sido considerado possível para os principais governos, que geralmente têm mais recursos de vigilância à sua disposição.

(Reportagem de Joseph Menn, Edição de Peter Henderson e Bill Rigby)