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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Terremotos que mudaram o mundo: conheça as cidades que foram destruídas pela força da natureza

Terremotos que mudaram o mundo: conheça as cidades que foram destruídas pela força da natureza

Você já imaginou como seria viver em uma cidade que pode ser destruída por um terremoto a qualquer momento? Essa é a realidade de milhões de pessoas que moram em áreas de risco sísmico, e que convivem com o medo e a incerteza de quando o próximo abalo vai acontecer. 

Neste artigo, você vai descobrir como os terremotos afetaram a história, a cultura e a economia de diversas cidades ao redor do mundo, e como elas se recuperaram ou não dos desastres.

O que são terremotos e como eles ocorrem?

Terremotos são tremores ou vibrações na superfície da Terra, causados pelo movimento das placas tectônicas, que são grandes blocos de rocha que formam a crosta terrestre. As placas tectônicas se movem constantemente, mas em velocidades muito baixas, de alguns centímetros por ano. Quando elas se chocam, se afastam ou se deslizam uma sobre a outra, elas geram tensões e deformações nas rochas, que se acumulam até um ponto de ruptura. Nesse momento, as rochas se quebram e liberam energia em forma de ondas sísmicas, que se propagam pelo interior e pela superfície da Terra. Essas ondas sísmicas são as responsáveis pelos terremotos.

A intensidade dos terremotos é medida pela escala Richter, que vai de 0 a 9, sendo que cada grau representa uma variação de 10 vezes na amplitude das ondas sísmicas. Os terremotos de grau 6 ou mais são considerados fortes e podem causar danos significativos nas construções e nas pessoas. Os terremotos também podem provocar outros fenômenos naturais, como tsunamis, deslizamentos de terra, erupções vulcânicas e alterações climáticas.

As consequências sociais, econômicas e ambientais dos terremotos

Os terremotos podem ter consequências devastadoras para as cidades e as populações que vivem em áreas de risco sísmico. Alguns dos impactos dos terremotos são:

  • Mortes e ferimentos: Os terremotos podem causar milhares ou até milhões de mortes e ferimentos nas pessoas que são atingidas pelos escombros, pelo fogo, pela água ou pelo pânico. Um dos terremotos mais mortíferos da história foi o de Shaanxi, na China, em 1556, que matou cerca de 830 mil pessoas. Outro exemplo foi o de Haiti, em 2010, que matou mais de 200 mil pessoas.
  • Desabrigados e deslocados: Os terremotos podem deixar milhões de pessoas sem moradia ou sem condições de permanecer em suas cidades. Essas pessoas podem ficar expostas a doenças, fome, violência e falta de assistência. Um exemplo foi o de Sichuan, na China, em 2008, que deixou mais de 5 milhões de desabrigados. Outro exemplo foi o de Nepal, em 2015, que deslocou cerca de 2,8 milhões de pessoas.
  • Danos nas infraestruturas: Os terremotos podem danificar ou destruir edifícios, pontes, estradas, redes elétricas, sistemas de comunicação e outros serviços essenciais para o funcionamento das cidades. Esses danos podem comprometer a segurança, a mobilidade, a saúde e a educação das populações. Um exemplo foi o de Kobe, no Japão, em 1995, que danificou mais de 100 mil edifícios e causou um prejuízo estimado em 100 bilhões de dólares. Outro exemplo foi o de Christchurch, na Nova Zelândia, em 2011, que danificou cerca de 80% do centro da cidade.
  • Perdas econômicas: Os terremotos podem causar perdas econômicas enormes para as cidades afetadas, tanto pelos custos diretos dos danos materiais quanto pelos custos indiretos da redução da atividade produtiva e do comércio. Essas perdas podem afetar o crescimento econômico e o desenvolvimento social das regiões atingidas. Um exemplo foi o de Chile, em 2010, que causou uma perda de 30 bilhões de dólares, equivalente a 18% do seu produto interno bruto (PIB). Outro exemplo foi o de Indonésia, em 2004, que causou uma perda de 4,5 bilhões de dólares, equivalente a 2% do seu PIB.
  • Impactos ambientais: Os terremotos podem causar impactos ambientais negativos, como a poluição do ar, da água e do solo, a destruição de ecossistemas e da biodiversidade, e a alteração do clima e do relevo. Esses impactos podem afetar a qualidade de vida e a sustentabilidade das cidades e das populações. Um exemplo foi o de Tangshan, na China, em 1976, que causou uma emissão de 1,6 milhão de toneladas de dióxido de enxofre na atmosfera. Outro exemplo foi o de Fukushima, no Japão, em 2011, que provocou um acidente nuclear que contaminou o solo, a água e os alimentos com radiação.

As medidas de prevenção e mitigação dos terremotos

Apesar de não ser possível evitar os terremotos, é possível reduzir os seus riscos e os seus danos nas cidades e nas populações. Algumas das medidas de prevenção e mitigação dos terremotos são:

  • Previsão e monitoramento: A previsão e o monitoramento dos terremotos consistem em usar instrumentos científicos, como sismógrafos, acelerômetros e satélites, para detectar os sinais sísmicos e estimar a localização, a magnitude e o tempo dos terremotos. Essas informações podem ajudar a alertar as autoridades e as populações sobre a possibilidade de um terremoto e a tomar medidas preventivas. Um exemplo é o sistema de alerta precoce do Japão, que usa uma rede de sensores para enviar mensagens aos celulares, às TVs e aos alto-falantes das cidades antes da chegada das ondas sísmicas. Outro exemplo é o sistema global de monitoramento sísmico da Organização do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBTO), que usa mais de 300 estações para detectar os terremotos e os testes nucleares no mundo.
  • Engenharia sísmica: A engenharia sísmica consiste em usar técnicas e materiais para projetar e construir edifícios e infraestruturas resistentes aos terremotos. Essas técnicas e materiais podem incluir fundações profundas, estruturas flexíveis, amortecedores e isoladores sísmicos, reforços metálicos e fibras sintéticas. Esses elementos podem absorver ou dissipar a energia das ondas sísmicas e evitar o colapso ou o deslocamento das construções. Um exemplo é o edifício Taipei 101, em Taiwan, que usa um amortecedor gigante no seu interior para equilibrar as forças dos ventos e dos terremotos. Outro exemplo é a ponte Akashi Kaikyo, no Japão, que usa cabos de aço e concreto protendido para suportar as tensões dos terremotos.
  • Sistemas de alerta: Os sistemas de alerta consistem em usar meios de comunicação para informar as autoridades e as populações sobre a ocorrência ou a iminência de um terremoto e sobre as medidas de proteção a serem tomadas. Esses meios podem incluir rádios, TVs, celulares, sirenes, alto-falantes e redes sociais. Esses meios podem transmitir mensagens claras, precisas e oportunas sobre a localização, a magnitude e o tempo do terremoto, bem como sobre as rotas de evacuação, os pontos de encontro e os abrigos disponíveis. Um exemplo é o sistema EEW (Earthquake Early Warning) da Califórnia, nos Estados Unidos, que usa aplicativos para enviar alertas aos usuários sobre os terremotos que podem afetá-los. Outro exemplo é o sistema SMS-Tsunami Warning da Tailândia, que usa mensagens de texto para avisar os moradores e os turistas sobre os riscos de tsunamis causados pelos terremotos. Esse sistema foi criado após o devastador tsunami de 2004, que foi provocado por um terremoto de magnitude 9,1 no Oceano Índico e que matou mais de 230 mil pessoas em 14 países.

As lições e os desafios dos terremotos

Os terremotos são eventos naturais que podem trazer grandes lições e desafios para as cidades e as populações que vivem em áreas sísmicas. Algumas dessas lições e desafios são:

  • Resiliência: A resiliência é a capacidade de se recuperar e se adaptar aos choques e às mudanças provocados pelos terremotos. As cidades resilientes são aquelas que conseguem manter ou restaurar as suas funções essenciais após um terremoto, minimizando as perdas humanas e materiais. Um exemplo de cidade resiliente é Santiago, no Chile, que se recuperou rapidamente do terremoto de 2010, graças à sua boa governança, à sua forte economia e à sua cultura de prevenção. Outro exemplo é L’Aquila, na Itália, que se reconstruiu após o terremoto de 2009, preservando o seu patrimônio histórico e cultural.
  • Solidariedade: A solidariedade é a disposição de ajudar e apoiar os outros que sofrem com os terremotos. A solidariedade pode se manifestar tanto na escala local quanto na escala global, envolvendo indivíduos, organizações, governos e países. Um exemplo de solidariedade local é o caso dos voluntários que ajudaram nos resgates e nos abrigos após o terremoto de Cidade do México, em 2017. Outro exemplo de solidariedade global é o caso da campanha “Stand with Haiti”, que arrecadou mais de 100 milhões de dólares para ajudar as vítimas do terremoto de 2010.
  • Reconstrução: A reconstrução é o processo de restaurar ou melhorar as condições físicas, sociais e econômicas das cidades afetadas pelos terremotos. A reconstrução pode ser uma oportunidade para corrigir os erros do passado e para inovar no futuro, criando cidades mais seguras, sustentáveis e inclusivas. Um exemplo de reconstrução inovadora é o caso de Onagawa, no Japão, que se tornou um modelo de cidade verde após o terremoto de 2011, usando energia renovável, transporte público e espaços verdes. Outro exemplo de reconstrução inclusiva é o caso de Bam, no Irã, que envolveu a participação da comunidade local na reconstrução da cidade após o terremoto de 2003, respeitando as suas tradições e necessidades.
  • Sustentabilidade: A sustentabilidade é a capacidade de atender às necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras. A sustentabilidade implica em equilibrar os aspectos ambientais, sociais e econômicos do desenvolvimento das cidades. A sustentabilidade pode ser ameaçada pelos terremotos, mas também pode ser promovida por eles. Um exemplo de ameaça à sustentabilidade é o caso de Fukushima, no Japão, que sofreu um grave acidente nuclear após o terremoto de 2011, causando danos ambientais e sanitários de longo prazo. Outro exemplo de promoção da sustentabilidade é o caso de Christchurch, na Nova Zelândia, que aproveitou o terremoto de 2011 para criar um plano de cidade sustentável, baseado em princípios como a eficiência energética, a mobilidade urbana e a participação cidadã.

As cidades mais destruídas por terremotos na história

Entre as cidades que foram mais afetadas por terremotos ao longo da história, podemos destacar cinco que sofreram grandes danos e mortes por causa dos abalos sísmicos. São elas:

  • Lisboa, Portugal, que foi devastada pelo terremoto de 1755, seguido de um tsunami e um incêndio. Estima-se que 60 mil pessoas morreram e 85% dos edifícios foram destruídos.
  • São Francisco, Estados Unidos, que sofreu o terremoto de 1906, que causou mais de 3 mil mortes e danificou cerca de 28 mil edifícios. O fogo que se seguiu ao terremoto durou quatro dias e consumiu grande parte da cidade.
  • Tóquio, Japão, que foi atingida pelo terremoto de Kanto em 1923, que matou cerca de 140 mil pessoas e deixou mais de um milhão de desabrigados. O terremoto provocou incêndios, deslizamentos de terra e maremotos.
  • Cidade do México, México, que enfrentou o terremoto de 1985, que teve uma magnitude de 8,1 e causou cerca de 10 mil mortes e mais de 30 mil feridos. O terremoto danificou mais de 3 mil edifícios e afetou a infraestrutura da cidade.
  • Porto Príncipe, Haiti, que foi devastada pelo terremoto de 2010, que teve uma magnitude de 7,0 e matou mais de 200 mil pessoas e feriu mais de 300 mil. O terremoto também deslocou cerca de 1,5 milhão de pessoas e danificou mais de 250 mil residências e 30 mil edifícios comerciais.

Essas são apenas algumas das cidades que foram as mais atingidas por terremotos na história. Existem muitas outras cidades que também sofreram com os abalos sísmicos ao longo do tempo.

Cidades que vivem a expectativa de serem vítimas de um grande terremoto a qualquer momento.

Além das cidades que já foram mais destruídas por terremotos na história, existem outras localidades que também vivem a expectativa de serem atingidas por abalos sísmicos. Essas localidades são aquelas que estão localizadas em regiões de alta atividade sísmica, perto das bordas das placas tectônicas, ou que têm uma densidade populacional elevada e uma infraestrutura frágil. Algumas dessas localidades são:

  • Tóquio, Japão, que é a capital do país e a maior cidade do mundo em população. Tóquio está localizada no centro do país, onde se concentram quase metade dos habitantes japoneses. Além disso, Tóquio está próxima à fossa do Japão, uma zona de instabilidade geológica onde ocorreram os terremotos de 1923 e 2011, que causaram milhares de mortes e danos irreparáveis.
  • Lisboa, Portugal, que é a capital do país e a maior cidade em população. Lisboa está localizada na costa oeste do país, onde se estende por mais de 100 km. Além disso, Lisboa está próxima à zona de convergência das placas tectônicas Eurasiana e Africanas, onde ocorreram os terremotos de 1755 e 1759, que causaram mais de 60 mil mortes e 85% dos edifícios foram destruídos.
  • São Francisco, Estados Unidos, que é a capital do estado e a maior cidade em população. São Francisco está localizada na costa oeste do país, onde se estende por mais de 50 km. Além disso, São Francisco está próxima à zona de convergência das placas tectônicas Eurasiana e Americanas, onde ocorreram os terremotos de 1906 e 1989, que causaram mais de 3 mil mortes e danificaram cerca de 28 mil edifícios.
  • Havana, Cuba, que é a capital do país e a maior cidade da América Latina em população. Havana está localizada na costa leste do país, onde se estende por mais de 20 km. Além disso, Havana está próxima à zona de convergência das placas tectônicas Caribe e Atlântica, onde ocorreram os terremotos de 1851 e 1932, que causaram centenas de mortes e danos severos.
  • Oklahoma, Estados Unidos, que é um estado do centro-oeste do país. Oklahoma é conhecido como o “boco dos tornados”, pois possui uma das maiores densidades populacionais e urbanizadas do mundo. Além disso, Oklahoma está localizado na zona de convergência das placas tectônicas North Americanas e Eurasianas, onde ocorreram os terremotos de 1811 e 1812, que causaram cerca de 300 mortes.
  • Java, Indonésia, que é uma ilha no sudeste asiático. Java é o maior e mais populoso arquipélago da Indonésia e possui cerca de um sexto da população mundial. Além disso, Java está localizada na zona de convergência das placas tectônicas Eurasiana e Indo-Australiana, onde ocorreram os terremotos de 2004 e 2006, que causaram cerca de 2 mil mortes.

Essas são apenas algumas das cidades que vivem a expectativa de serem vítimas de um grande terremoto. Existem muitas outras cidades que também estão expostas aos riscos sísmicos ao longo do tempo. 

Conclusão

Neste artigo, você descobriu como os terremotos afetaram a história, a cultura e a economia de diversas cidades ao redor do mundo, e como elas se recuperaram ou não dos desastres. Você viu também quais são as medidas de prevenção e mitigação dos terremotos, bem como as lições e os desafios que eles trazem para as cidades. Esperamos que você tenha gostado do artigo e aprendido algo novo sobre os terremotos e as cidades. Para finalizar, deixamos uma pergunta para você refletir: Como podemos construir cidades mais seguras e sustentáveis em um mundo cada vez mais exposto aos terremotos?

By IDFM

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